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  • Foto do escritorAryanne Soares

Um homem com uma câmera (1929)


O cineasta soviético Dziga Vertov era obcecado por velocidade e movimento. Nascido Denis Arkadyevich Kaufman, antes de inciar sua carreira no cinema ele mudou de nome para assumir uma identidade mais dinâmica: "Dziga Vertov" pode ser traduzido aproximadamente como "pião". Um homem com uma câmera, é de fato, uma sinfonia de movimentos e segue os passos de um cinegrafista intrépido que viaja por Moscou, Kiev e Odessa filmando o dia a dia soviético do amanhecer ao pôr do sol. O cinegrafista monta seu tripé de frente para o tráfego, escala pontes para filmar trens, bondes e carros. O filme mostra nascimento, morte, casamento e divórcio, cada qual em um piscar de olhos. Vertov acreditava que a câmera de cinema podia mergulhar no caos da vida moderna e descobrir significados ocultos a olho nu. Para alcançar esse objetivo ,ele usou todas as técnicas cinematográficas disponíveis, como tela dividida, câmera lenta e reversa, jump cuts, superposições e até mesmo animação.


Um homem com uma câmera levou quatro anos para ser concluído. O resultado é um filme de vanguarda que busca distinguir o cinema do teatro na condição de arte: trata-se de um dos primeiros documentários de "sinfonia urbana" ao se concentrar na vida cotidiana das pessoas em um ambiente construído pelo homem. No entanto, sua montagem acelerada, a falta de narrativa linear e o conteúdo puramente visual enfureceram e confundira tanto os espectadores quanto os críticos da época, Ainda assim, a obra de Vertov foi uma das precursoras do modernismo e exerceu grande influência sobre diretores como Jean-Luc-Godard (nascido em 1930), documentarista do movimento cinema vérité, compositores como Michael Nyman e cineasta da geração MTV.


Fonte: Tudo sobre cinema

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