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  • Foto do escritorAryanne Soares

Alexandre Nevski (1938)


Foi somente em 1938 que Serguei Eisenstein concluir o seu primeiro longa-metragem sonoro. Ele havia voltado a Rússia após o fracasso de sua temporada no exterior, durante a qual Que viva México! caiu por terra e O prado de Bejin foi abortado. Como o artista soviético dependente da aprovação do poder, ele realizou Alexandre Nevsky no melhor momento possível: essa história ambientada no século XIII, em que a Rússia derrota as forças teutônicas, recebeu apoio oficial por se tratar de um alerta aos alemães de que os soviéticos aniquilariam qualquer um que invadisse seu território. Um ano depois, o pacto germânico-soviético tornou obsoleta essa mensagem e o filme foi proibido - mas eles ressurgiria, e seria aclamado, após a Alemanha invadir a Rússia em 1941.


Como em Toda obra de Eisenstein, Alexandre Nevsky foi fotografado pelo grande Eduard Tissé - e, como os filmes que o antecederam, mostra o diretor ainda de posse de todos o seu gênio criativo. Porém, um tom mais grandiloquente, mas operístico, substituira o vigor e os poderosos efeitos de montagem de suas obras-primas do cinema mudo.


A combinação magnífica de som e imagem impressiona. O compositor de Eisenstein era Sergei Prokofiev e, em Prokofiev, ou diretor sentia que ele e Tissé haviam "encontrado o terceiro companheiro em nossa cruzada pelo tipo de cinema sonoro com o qual havíamos sonhado". A trilha do músico é fundamental para o impacto do filme. A colaboração gerou uma cantata para ser apresentada em salas de concerto, em que o solo de contralto em "O campo dos Mortos' é mais pungente do que no próprio filme - uma vez que a natureza propagandística da fita dá ênfase não A Desolação da Batalha, mas aos heroicos sobreviventes. A arte de Eisenstein triunfava sobre a propaganda que se exigia dele, mas esta não deixava de ser uma limitação.


Fonte: Tudo Sobre Cinema

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