top of page
  • Foto do escritorAryanne Soares

Caçadoras de Ouro (1933)


The Gold Diggeurs (1919), uma peça típica de seu autor, Avery Hopwood, invertia o clichê do canalha rico e da corista ingênua para apresentar um novo esteriótipo: a dançarina esperta e mercenária que caça ricaços. A peça já havia filmado duas vezes, primeiro em 1923 e depois em uma versão falada. Gold Diggers of Broadway (Caçadoras de Ouro da Broadway, 1929). Já este Caçadoras de Ouro atualiza a fábula dos loucos anos 1920 para a época da Grande Depressão, frisando o abismo entre os artistas batalhadores e seus alvos aristocratas. Há ainda, um engraçado contrabandista de bebidas e, embora o produtor Barney Hopkins (Ned Sparks) - que jura fazer um espetáculo sobre "o lado alegre, o lado duro, o lado cínico e cômico da Depressão" - seja jogado para escanteio quando a traa se perde em um romance farsesco, o número final "Remember My Forgotten Man" é uma rara mistura de realismo social e extravagância musical.


A animada canção "we're in the Money" é interrompida quando os homens da lei chegam para arrancar as moedas das roupas das coristas porque Barney não pagou as contas. Então Brad Roberts (Dick Powell) - que nasceu em berço de ouro cujo irmão mais velho, Lawrence Bradford (Warren Willian), desaprova suas ambições no showbiz - se envolve com a certinha Polly Parker (Ruby Keeler), enquanto Laurence fica com a sensual Carol King (Joan Blondell). Dirigido por Mervyn Leroy, o filme tem um ritmo frenético e a condução brilhante por parte de Budby Berkeley dos grandes números musicais - que vão desde fantasias exuberantes, passando por surrealismo lascivo (vide "Pettin' in the Park"), até um panorama ambicioso da decadência social do pós-guerra - faz com que eles se tornem o ponto alto da película.


Fonte: tudo sobre cinema

22 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentários


bottom of page