top of page
  • Foto do escritorAryanne Soares

Rainha Cristina (1933)


A atriz sueca Greta Garbo era a estrela mais brilhante no firmamento da MGM, porém era extremamente mimada e exigente: os chefes do estúdio viviam sob o medo constante de que ela pudesse perder o interesse pela carreira cinematográfica. Seu contrato com a MGM venceu em 1932 e ela foi passar uns meses de férias em seu país. A oportunidade de interpretar a rainha Cristina da Suécia - em um projeto que a própria atriz ajudou a iniciar - a convenceu a voltar a Hollywood.


O fato de Garbo ter determinado a escolha do protagonista masculino e aprovado o diretor demonstra seu imenso poder naquele período. A MGM havia cogitado Laurence Olivier para o papel de seu par romântico, mas depois que ele e Garbo não conseguiram se entender nos ensaios, a atriz sugeriu John Gilbert, com quem havia tido um romance e atuado em filmes mudos como A carne e o diabo (1926). Um grande astro do cinema mudo, Gilbert trouxe um charme descontraído ao papel do emissário espanhol Antônio.


A atuação de Garbo em Rainha Cristina é amplamente considerada a melhor de sua carreira. Ela emprestou arrogância, malícia e um intenso glamour ao personagem da rainha sueca. ao mesmo tempo presa do turbilhão da Guerra dos Trinta anos e tentando conciliar seus desejos românticos com as exigências políticas do cargo. Rouben Mamoulian dirige com grande estilo e requinte visual este que poderia ser um épico histórico insosso. As cenas de multidão e os momentos de intimidade entre Garbo e Gilbert são manejados com igual segurança. Apesar de ter sido aclamado pela crítica, Garbo expressou reservas quanto a sua interpretação: "Eu tentei ser sueca, mas é difícil lhe permitirem tentar qualquer coisa em Hollywood. E tanto comprometimento." Observaria a atriz posteriormente.


Fonte: Tudo sobre cinema

62 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page