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  • Foto do escritorAryanne Soares

O Encouraçado Potemkin (1925)


Encomendada para marcar o 20° aniversário do motim da tripulação do Potemkim, que se sublevou contra a classe dos oficiais, controlada pelo czar, essa reconstituição histórica de Sergei Eisenstein é o mais famoso de todos os filmes mudos soviéticos e também um exemplo magistral de cinema panfletário. Em sintonia como o objetivo do filme de demonstrar o poder do povo sobre a autoridade divina de um monarca, a caracterização dos personagens é menos importante do que as ações em massas. A exceção é o heroico Vakulinchuk ( Aleksandr Antonov), um exemplo stakhanovista da força do proletariado, cuja recusa a obedecer seus superiores e subsequente morte se tornam os catalisadores da revolta generalizada dos cidadãos de Odessa. Os demais papéis são meros acessórios na apresentação de Eisenstein da opressão de classe e da luta pela justiça. E, embora não tenha havido massacre na escadaria de Odessa, a sequência que o retrata se tornou um símbolo do uso de táticas desumanas contra o homem comum.

Eisenstein montou o filme de modo a priorizar o ritmo em detrimento da narrativa. O efeito pode parecer estranho para as plateias contemporâneas, mas essa abordagem servia ao objetivo do diretor de criar uma obra que cativasse a mente dos espectadores, resultando em um grito de chamamento à luta.

Durante muitos anos, o filme foi considerado perigoso demais para ser exibido. Na Rússia, o texto introdutório escrito por Leon Trotski foi eliminado depois de sua ruptura com Joseph Stalin, ao passo que, na Alemanha, a violência da película foi amplamente cortada antes de ela ser banida pelo regime nazista; Na Grã-Bretanha, o filme continuou proibido até 1954, para em seguida receber uma classificação "x" (para maiores de 18 anos) que só foi revogada em 1978.


Fonte: Tudo sobre Cinema

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