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  • Foto do escritorAryanne Soares

M, O Vampiro de Dusseldorf (1931)


Franz Beckert (Peter Lorre) - uma figura atarracada, patética, de olhos esbugalhados - vaga pelas ruas de uma cidade alemã, assobiando trechos de "No salão do rei da montanha", de Edvard Grieg, enquanto segue as crianças que se sente compelido a assassinar. As mortes causam indignação entre os cidadãos respeitáveis da burguesia, o que gera pressão política sobre uma polícia sobrecarregada de trabalho. A equipe de investigadores é liderada pelo policial "Fatty" Lohmann (Otto Wernicke), que mais tarde retornaria em O Testamento do Dr. Mabuse (1933), também de Fritz Lang, para caçar um gênio do crime. Enquanto a policia vasculha o submundo em busca do assassino, uma associação obscura de bandidos monta uma armadilha para ele, pois a repressão oficial é ruim para a rotina dos negócios do crime. No final, o grupo de criminosos leva o assassino a julgamento para decidir se ele deve continuar vivo. Assim, em um bem bolado paradoxo, o suspense do clímax vem da dúvida se a polícia irá ou não interromper o julgamento ilegal antes que seja dada a sentença. O próprio assassino está em perigo e os espectadores são induzidos a simpatizar com um homem que cometeu crimes hediondos - mas que aqui é mostrado como uma criatura insignificante e cômica à mercê de forças que não consegue compreender.


Sempre inovador, Lang abraçou o potencial do cinema falado de uma maneira que talvez tenha sido inspirada pelo uso subjetivo do som em Chantagem e Confissão (1929), de Alfred Hitchcock. Além disso, a atmosfera de uma cidade à beira do caos graças a um serial Killer também evoca outro filme de Hichcock, O Pensionista (1927). Trata-se de uma narrativa ousada que percorre a cidade em ritmo veloz, com vinhetas de todos os níveis da sociedade à medida que os crimes repercutem terrivelmente, concentrando-se no protagonista somente quando ele é forçado a se explicar.


Fonte: Tudo Sobre Cinema

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