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  • Foto do escritorAryanne Soares

Diabo a quatro (1933)


Rufus T.Firefly (Groucho Marx), presidente da Freedonia, diz ao seu endiabrado espião Pinky (Harpo Marx): "Você é um homem valente. Vá para a guerra e lembre-se de que, enquanto estiver lá fora arriscando sua vida em meio a tiros e bombas, nós estaremos aqui, pensando em como você é otário." Depois de uma série de comédias em que os irmãos Marx invadem festas de Grã-finos, embarcam clandestinamente em um transatlântico ou vão para a faculdade, a Paramount lançou o grupo contra o mundo ao tornar Groucho líder de uma nação beligerante. Diabo a quatro foi um fracasso comercial e marcou o fim do período mais criativo dos Irmãos Marx. Graças ao clima da época - com as dificuldades da Grande Depressão nos Estados Unidos e uma Guerra na Europa - , ninguém estava disposto a rir da guerra de trincheiras sem o páthos que Charlie Chaplin, por exemplo, trazia a comédia. Porém, esses elementos de sátira social tornaram Diabo a quatro um clássico moderno quando ele foi redescoberto na década de 1960.


O método dos irmãos Marxs era sempre atacar tanto os oprimidos quanto os poderosos - atormentando um vendedor de rua trabalhador e o embaixador esnobe de um país rival com igual irreverência. Aqui, eles se valem ao mesmo tempo de uma ironia mordaz e de uma loucura inofensiva, quase surreal. A premissa é que a nação europeia da Freedonia vem sendo de tal forma subsidiada pela Sra. Teasdale (Margaret Dumont) que ela pode insistir que seu candidato obviamente psicopata seja nomeado chefe de Estado. O filme lucra por ter, em Leo McCarey, um diretor capaz de oferecer uma estrutura sólida para sua histeria hilariante. Hoje, Diabo a quatro é considerado um clássico à altura de comédias políticas como Dr. Fantástico.


Fonte: Tudo Sobre Cinema

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