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  • Foto do escritorAryanne Soares

Aurora (1927) - Vencedor de 3 Oscars


Hollywood, bastante atenta aos avanços técnicos e artísticos realizados pelo cinema europeu, percebeu que a mídia necessitava de visionários. Por isso, instituiu a realização de alguns poucos filmes não comerciais simplesmente para aprimorar a arte cinematográfica.


O diretor alemão F.W. Murnau, peça fundamental do expressionismo alemão, conquistou a admiração de todos com seu A Última Gargalhada (1924). O filme é um exercício de narração puramente visual que rechaçou os inter títulos, uma das convenções do cinema mudo. Willian Fox, chefe dos estúdios Fox, importou Murnau e lhe proporcionou todos os recursos técnicos e humanos - entre eles o apoio crucial dos cinegrafistas Charles Rosher e Karl Struss - para realizar Aurora.


Neste filme, Murnau faz uso de uma imagística primorosa para dar o tom das cenas, usando inter títulos com parcimônia. A história é uma fábula ingênua: num vilarejo à beira de um lago, o Homem (George O'Brien) é tentado a abandonar a Esposa pudica (Janete Gaynor) em favor da sedutora Mulher da Cidade (Margaret Livingston), que está passando as férias de verão ali. Ele pensa em assassinar a Esposa, para que possa vender sua fazenda e fugir com a mulher da cidade, mas sua consciência não lhe permite. A partir deste enredo, Murnau cria uma sinfonia visual onírica de sequências longas e momentos extraordinários - sendo um dos mais memoráveis quando o jovem casal (já reconciliado) atravessa uma rua cheia de pessoas e carros que, por meio de uma fusão, se transforma em um campo quando eles para para se beijar.


Aurora recebeu o Oscar de Melhor Filme (produção cinematográfica única e artístisca), de Melhor Fotografia (Charles Rosher e Karl Struss) e de Melhor Atriz (Janet Gaybir) na primeira premiação da Academia em 1929.


Fonte: Tudo Sobre Cinema

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