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  • Foto do escritorAryanne Soares

Pacto de Sangue (1944)


Depois que Walter Neff (Freed MacMurray) vê Phyllis Dietrichson (Barbara Stanwyck) enrolada numa toalha no alto da escada é que a temperatura em Pacto de Sangue realmente começa a esquentar. Neff é um corretor de seguros que forçou a entrada numa csa nas colinas de Los Angeles numa tentativa de vener uma renovação da apólice de seguro de um carro. "Há algo que eu possa fazer?", ronrona Phyllis.


Há um erotismo evidente no filme de Billy Wilder, algo raramente visto nos primeiros suspenses hollywoodianos. O cenário é ensolarado Califórnia, mas este filme é bastante sombrio. Adaptado por Raymond Chandler a partir de um romance de James M. Cain de 1936, ele começa com luxúria e avança rumo ao assassinato. Seduzido por Phyllis, Neff concorda em matar o marido dela (Tom Powers) em troca do dinheiro do seguro. Ele sabe, porém, que seu chefe (Edward G. Robinson) tem um talento especial para farejar falsos sinistros. Toda a história é contada em flashback por Neff, que fala para um gravador. Willder e Chandler sabiam que a voz sobreposta era um artifício expressivo por si só e cujo uso não deveria estar restrito a pontos-chaves da trama.


A princípio, stanwyck hesitou em interpretar a femme fatale; Wilder a provocou, perguntando se a atriz tinha medo de assumir o papel. MacMurray também estava inseguro quanto a atuar no papel de um sedutor, mas Wilder o convenceu a mudar de ideia. Neste sentido, o que ajudou Wilder foi que, como os produtores da Paramount sabiam que o ator logo se transferiria para outro estúdio, esperavam que Pacto de Sangue arruinasse a reputação do ator como mocinho.


Em Hollywood, havia a sensação de que o filme era uma empreitada repulsiva. Por acaso, Wilder e Chandler receberam uma indicação ao Oscar pelo roteiro e o filme antecipou uma abordagem mais franca e adulta em relação aos suspenses.


Fonte: Tudo Sobre Cinema

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