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  • Foto do escritorAryanne Soares

Os Carrascos Também Morrem (1943)


Os Carrascos Também Morrem, de Fritz Lang, foi inspirado no assassinato do general da SS e Reichsprotektor da Boêmia e da Morávia, Reinhard Heydrich, em Praga, em 1942, e nas represálias nazistas que se seguiram ao episódio. O roteiro do filme foi escrito por John Wexley, Lang e seu colega refugiado Bertolt Brecht, que se mudou para os Estados Unidos em 1941. Marcado por papéis confusos e diversos sotaques americanos que criam um retrato vagamente cômico de Praga, o filme de Lang ainda é um suspense envolvente, com uma fotografia sugestiva de James Wong Howe e trilha sonora de Hanns Eisler, indicado ao Oscar.


Heydrich, o "Carrasco" do título, aparece apenas num breve prólogo; ele é interpretado como um valentão elegante pelo emigrante alemão Hans Heinrich von Twardowski. Seu assassinato ocorre fora das telas. Lang se atém às tramoias da resistência, que tenta dar sumiço no assassino, e na perseguição da Gestapo, que tenta encontrá-lo. Ao fracassar a polícia política alemã dá inicio a uma sangrenta vingança. No que tem de melhor, lembra M, o vampiro de Dusseldorf (1931), tanto na aparência quanto no emprego de narrativas paralelas: o filme justapõe os nazistas e os membros da resistência assim como M justapõe a investigação policial e a busca realizada pelo submundo de Berlim. Lang deixa claro que gostou de criar uma galeria de nazistas grotescamente caricaturais - a maioria interpretada por refugiados alemães - , entre eles o inspetor da Gestapo Alois Gruber (Alexander Granach) que, com colete, gravata-borboleta e chapéu-coco, dá ao fleumático Dr. Franticek Svoboda de Brian Donlevy um rival à altura do inspetor Karl Lohmann, de M, o vampiro de Dusseldorf.


Fonte: Tudo Sobre Cinema


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