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  • Foto do escritorAryanne Soares

O Terceiro Homem (1949)


Roteirizado por Graham Greene, O Terceiro Homem usa a paranoia urbana do cinema noir hollywoodiano e o transporta para a Europa, explorando a devastada Viena no Pós-Guerra, dividida entre quatro potências militares e assolada pelo mercado negro. Greene foi um personagem pouco valorizado do noir servindo de fonte para as histórias de Alma torturada (1942) e Quando desceram as trevas (1944)


Nesse mundo, entra o ingênuo Holly Martins (Joseph Cotten), um escritor americano de faroestes baratos. Holly fica chocado ao descobrir que seu amigo de infância, o soturno Harry Lime, morreu recentemente em circunstâncias estranhas. Ele conhece uma das namoradas de Harry, Anna (Alida Valli), além de vários personagens excêntricos, enquanto procura pelo "terceiro homem" presente na cena do acidente que matara Lime. Revela-se, contudo, que Harry (Orson Welles) forjou a própria morte a fim de fugir de um policial militar (Trevor Howard) e continua vendendo penicilina no mercado negro. Será que Holly se juntará a seu amigo, uma espécie de Mefistófeles com um brilho infantil? Ou ajudará Harry a fugir?


Um raro filme inglês que é tão bem produzido tecnicamente quanto os melhores clássicos de Hollywood, O Terceiro Homem é uma mistura intrigante de suspense político, drama romântico, mistério gótico e poesia em preto e branco. O inesquecível tema em cítara de Anton Karas foi um sucesso. A fala mais famosa do filme (a história do "relógio cuco") foi escrita por Welles num momento de inspiração, como um adendo ao roteiro de Greene para complementar o personagem. É um filme com atuações perfeitas e uma interpretação maravilhosa de Cotten (cuja própria história com Welles dá destaques às cenas nas quais atuam juntos) como o protagonista seduzido e desiludido.

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