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  • Foto do escritorAryanne Soares

Ladrões de Bicicleta (1948)


Se a qualidade de um filme pode ser medida pela admiração que desperta, Ladrões de bicicleta de ser o melhor do filme do mundo. Diretores como René Clair (1898-1981), Jacques Becker (1906-1960) e Robert Bresson (1901-1999) escreveram com entusiasmo sobre a fábula neorrealista de De Sica e sobre sua simplicidade. Um homem desempregado (Lamberto Maggiorani) na Roma do pós-guerra recebe uma oferta de emprego para colar cartazes pelas ruas - com a condição de que tenha uma bicicleta. Ele compra uma , mas depois que ela é roubada, sua vida ameaça desmoronar. De Sica

e seus roteiristas perceberam o imenso drama que podia haver numa história cotidiana. As dificuldades de Antônio e seu filho tentando recuperar a bicicleta provam ser tão emocionantes quanto as de um herói num filme de ação. Uma cidade tumultuada cria um cenário tão dramático quanto um campo de batalha.


O diretor vendeu o filme para o produtor hollywoodiano David O. Selznick, que propôs Cary Grant para o papel do desempregado. De Sica respondeu que Henry Fonda talvez fosse melhor. Por mim, De Sica escalou Maggionari, "um simples trabalhador de Breda que deixou seu emprego durante dois meses para me emprestar seu rosto". Apesar da falta de experiência, o ator era incrivelmente belo e elegante.


Certas cenas são extremamente estilizadas. Enquanto Antônio procura por sua bicicleta, De Sica mostra cenas de uma bicicleta após a outra. Há algo de assustador nessa busca - como se toda a cidade estivesse contra ele. De Sica também captou muito do drama real das ruas. O menino (Enzo Staiola) não é uma criança típica da Disney, com olhos escuros e covinha no queixo; Staiola era filho de refugiados e há certa rudeza e desenvoltura em sua atuação. E isso apenas acrescenta compaixão ao filme. Como disse o próprio De Sica: "É a criança mais adorável do mundo."


Fonte: Tudo Sobre Cinema



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