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Não podemos de forma alguma deixar passar essa data sem falar um pouquinho da história do cinema documental no Brasil.
Documentário, via de regra, é uma produção cinematográfica não-ficcional, ou seja, uma produção de cinema que explora o que é real e factual.
Lá em sua origem, o cinema surge basicamente como documental, os filmes que os irmãos Lumière produziam no final do século XIX eram pequenas filmagens do cotidiano e da realidade. Como um de seus filmes mais conhecidos e o que carrega o título de primeiro filme da história: A Chegada do Trem na Estação (1895).
Dessa forma, entendemos que o filme de gênero documentário surge paralelamente ao cinema ficcional que temos hoje.
Hoje, temos o cinema documental que traz relatos e imagens reais dos fatos e o documentário que se apropria de conceitos ficcionais para construir seu roteiro.
A história do cinema documental no Brasil conta que as primeiras imagens foram produzidas no início do século XX, por fotógrafos e cineastas, em grande parte, estrangeiros como os irmãos Afonso e Paschoal Segreto que filmaram a Baía de Guanabara a bordo do navio Brésil, As imagens eram basicamente fotografias em movimento, registrando tomadas documentais e cenas das expedições, dos acontecimentos históricos, de algumas cerimônias públicas, de fazendas e de fábricas. Essas imagens foram consideradas os primeiros cinejornais e filmes institucionais brasileiros.
Com isso, os antropólogos também começaram a incorporar as câmeras cinematográficas em suas expedições com o intuito de documentar os povos indígenas. Esses filmes levavam ao Brasil urbano e aos estrangeiros imagens incomuns de um país de múltiplas culturas.
Até o fim da segunda guerra mundial, as produções cinematográficas recebiam financiamento do estado, e de empresários e coronéis fazendeiros, que durante décadas sustentaram a produção e a comercialização de filmes brasileiros. Com a criação EM 1936 do INCE - Instituto Nacional de Cinema Educativo, inúmeros filmes foram realizados sob a direção do cineasta mineiro Humberto Mauro.
Os filmes possuíam caráter científico e técnico, valorizando as descobertas dos cientistas brasileiros com conteúdos sobre as espécies de nossa flora e fauna. Posteriormente, as produções se preocuparam em resgatar o Brasil rural, retratando o interior do país. Humberto Mauro deixou a preocupação de filmar o país sem modelos pré-estabelecidos, fazendo da câmera o único instrumento.
Fontes:
Tudo sobre Cinema
www.aicinema.com.br
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